quinta-feira, 18 de outubro de 2007

C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor


C.R.A.Z.Y. conta a história de dois casos de amor. Um amor de um pai pelos seus cinco filhos e o amor de um filho pelo pai. Um amor tão forte capaz de fazê-lo viver uma mentira. Os Beaulieu formam uma família de pessoas comuns em busca da felicidade. O filme os acompanha por algumas décadas, em três períodos distintos: 1967-1968, 1974-1975, 1980-1981. Formada por cinco filhos, todos bonitos e interessantes, o único da família que tem um destino particular é Zachary, o Zac, que sua mãe vê como possuidor de dons especiais. Os eventos que atravessam a vida de Zac parecem mesmo obra de Deus, têm qualquer coisa de sobrenatural. Mas apesar do lado místico e fantasioso, o filme não se atém apenas a seus poderes, acompanha o combate que Zac trava contra sua natureza e mesmo contra Deus, o conflito sobre sua identidade sexual e a luta por ser “normal” e aceito pelo pai. A música assume papel de destaque na narrativa. A própria força de Zac surge através dela. Na adolescência, tornar-se um roqueiro foi a única maneira que encontrou para expressar sua diferença. Ele necessita desse imaginário proporcionado pela música para sobreviver e para permitir à sua alma respirar, como num instante de sonho. Todas as canções dos anos 70 representam mais que um fundo musical: as personagens do filme não se contentam apenas em entendê-las; vivem com elas. Na família Beaulieu, a música parece ter um poder mágico. Entre elas, "Space Odity", de David Bowie, Pink Floyd, Rolling Stones e especialmente, a canção "Crazy", de Patsy Cline. Com roteiro assinado por Jean-Marc Vallée e François Boulay, inspirado em suas próprias experiências, o longa procura, através da história dessa família, passar uma mensagem otimista sobre a vida, positiva e feliz.
Nota: 9,5

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